Alguém
já deve ter perguntado a você:
Como
seria viver uma semana inteira sem os aparatos tecnológicos?
A resposta deve ter variado, mas o conteúdo
não ficou muito longe de querer saber qual tecnologia você estaria abrindo mão.
É quase impraticável não? Mas não fique preocupado, existem milhões de pessoas
que compartilham desse mesmo sentimento.
Antes de começarmos
a entender o que é exatamente a cibercultura, é preciso entender dois conceitos
anteriores. Ambos estão fortemente relacionados com a nossa ligação com a
tecnologia. Existem gerações diferentes e, com elas, diferenças muito grandes
com relação à necessidade do uso de aparatos tecnológicos para executarmos
algumas tarefas.
Aqui vai um
pouco de teoria. Existe um mito grego para a origem do fogo
que narra à história de Prometeu, um titã que junto com seu irmão Epitemeu,
deveria criar os homens e os animais. Como Epitemeu já havia esgotado seus
recursos criando atributos como asas, garras, olhos superpoderosos e força nos
animais, couberam a Prometeu criar um diferencial para o homem.
Para resumir o
mito, Prometeu subiu ao Olimpo e roubou o fogo – que era propriedade exclusiva
dos deuses – e o deu aos homens. Agora a vantagem sobre os outros animais
estava posta. A partir dessa história, compõe-se o pensamento “prometéico”,
ou seja, o de quem acredita na técnica como algo bom para o homem e o seu desenvolvimento.
Na contramão vêm
os defensores de Fausto, ou seja, aqueles que não concordam com a dependência
da técnica para o crescimento das pessoas e sociedades. Essa linha de
pensamento é originada na obra do autor alemão Goethe, em “Fausto”.
Nesse livro, Dr.
Fausto é um médico decidido a superar o conhecimento da sua época e, para isso,
faz um pacto com o demônio Mephístoles. Ao final do trato, é realmente ao
inferno. Assim, pode-se dizer que as pessoas que veem a tecnologia como uma
“armadilha” são adeptas do pensamento “fáustico”.
Tecnologia:
gostar ou não?
Depois de você
ter observado alguns critérios sobre a relação das pessoas com a tecnologia, é
hora de partir para um conceito maior. A cibercultura é entendida como um
conjunto de espaços, atitudes, rituais e costumes que as pessoas desenvolvem
quando entram em contato com a tecnologia. Assim, é possível entender como
algumas pessoas lidam com a situação.
É fácil
entender. Normalmente, o indivíduo que está bem inserido nesse contexto tende a
não perceber que se trata de algo que vem acontecendo desde a década de 1970.
Entretanto, os laços tecnológicos ficaram mais estreitos a partir da
popularização da internet e das tecnologias móveis como os telefones celulares,
smartphones e computadores portáteis.
Se resolvêssemos
resumir o conceito de cibercultura, teríamos uma divisão da cultura
contemporânea marcada pelo digital e o estudo das técnicas. Dessa forma,
podemos ver uma série de reflexos da cultura offline na vida online. Afinal de
contas, a internet nada mais é do que um potencializador de comportamentos.
Para entender o
que é a cibercultura, é importante adotar o pensamento prometéico, ou seja,
aquele que é favorável à tecnologia, como um referencial para comparações. Isso
porque as características de uma pessoa inserida nesse contexto estão mais
conectadas aos hábitos de uma vida “moderninha”.
Portanto, se
você já se deu ao trabalho de ler este texto enquanto navega pela internet,
ouve suas músicas e aguarda alguma mensagem no seu celular ou Twitter, desista,
você é parte da cibercultura e, por mais que tente negar, participa de forma
bastante ativa. Surpreso? Pois suas atitudes e comportamentos ajudam a formar o
que se chama de “ciberespaço”.
A
vida no ciberespaço
É mais fácil
observar indivíduos jovens em um meio totalmente digital. Isso porque boa parte
desses espaços têm esse apelo. Ainda assim, não se exclui a participação de
pessoas mais velhas. É muito comum encontrar comunidades em redes sociais que
resgatam hábitos da infância dessas pessoas.
Você pode até
achar que não, mas aquele seu primeiro vídeo game foi crucial na definição do
seu comportamento hoje. Pode não parecer grande coisa, mas você saber as
musiquinhas do Mario, as falas do Zelda e outros jogos moldaram uma geração
muito diferente daquela dos nossos pais.
Todo esse
comportamento da cultura digital ajuda na definição de uma geração que se
acostumou a fazer tudo com a ajuda da tecnologia. Basta observar um
comportamento muito simples. Quando você precisa encontrar o telefone ou o
endereço de algum lugar; qual é o seu primeiro instinto?
Há mais ou menos
dez anos, você procuraria em uma lista telefônica e correria o risco de passar
horas folheando, para não encontrar nada. Outro tipo de comportamento que
demonstra a extensão da cibercultura para fora do seu computador está muito
preso ao fato de que boa parte das pessoas da tal Geração Y e Z prefere enviar mensagens de texto a
telefonar.
Desse modo,
diferentes espaços virtuais são criados para que essa comunicação flexível
aconteça. Assim, você tem canais de comunicação que antes não existiam. Outra
coisa muito importante de ser observada é a sua atitude em relação a isso tudo.
Contribuições ao
ciberespaço
Para resumir uma
conversa que poderia durar horas, dizer que ao postar conteúdos na internet e
meios externos à ela é marcar presença em um ciberespaço, não é errado. Afinal
de contas, uma das principais características desses locais é a colaboração
entre os usuários, reconhecidos como cidadãos em um espaço não físico.
Portanto, toda
vez que você escreve alguma coisa no seu perfil do Twitter, Facebook, Orkut e
outras redes sociais, está fazendo uma contribuição para a formação de um
cantinho do ciberespaço. Mas é importante lembrar que a cibercultura não se
resume a esses aspectos. Além de compreender essas ações, a cibercultura tem
mais faces espalhadas por aí. Identidade na “cibervida”.
Então... quais são
os papéis das redes sociais na internet, dentro desse contexto da cibercultura?
É bem fácil entender como o Orkut e outros centros de interligação de pessoas
desempenham seus papéis. Se você considerar as redes sociais como espaços
específicos, o seu perfil funciona como uma carteira de identidade misturada a
uma espécie de “currículo” do usuário.
Assim, todo
perfil que você tem em uma rede social funciona como uma versão digital sua na
grande rede. Portanto, é interessante que você comece a ver o seu comportamento
online como algo que represente quem você é. Então, abusar de conteúdos que não
dizem nada ao seu respeito geram ruído e podem comprometer a comunicação entre
os “cidadãos” dessa "cibercidade".
Agora que você
conhece um pouco mais sobre a cibercultura e os seus principais conceitos, já sabe
melhor como funciona a vida online. Se você gosta da vida digital e de todos os
confortos que ela traz, pode começar a pensar que esse ambiente é a sua
“segunda casa”!
A sala de aula é o espaço
privilegiado quando pensamos em escola, em aprendizagem. Esta nos remete a um
professor na nossa frente, a muitos alunos sentados em cadeiras olhando para o
professor, uma mesa, um quadro negro e, às vezes, um vídeo ou computador.
Com a Internet e as redes de
comunicação em tempo real, surgem novos espaços importantes para o processo de
ensino-aprendizagem, que modificam e ampliam o que fazíamos na sala de aula.
Abrem-se novos campos na educação
on-line, através da Internet, principalmente na educação a distância. Mas
também na educação presencial a chegada da Internet está trazendo novos
desafios para a sala de aula, tanto tecnológicos como pedagógicos.
O professor, em qualquer curso
presencial, precisa hoje aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de
forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula
equipada e com atividades diferentes, que se integra com a ida ao laboratório
para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio técnico-pedagógico. Estas
atividades se ampliam e complementam a distância, nos ambientes virtuais de
aprendizagem e se complementam com espaços e tempos de experimentação, de conhecimento
da realidade, de inserção em ambientes profissionais e informais.
Antes o professor só se preocupava
com o aluno em sala de aula. Agora, continua com o aluno no laboratório
(organizando a pesquisa), na Internet (atividades a distância) e no acompanhamento
das práticas, dos projetos, das experiências que ligam o aluno à realidade, à
sua profissão (ponto entre a teoria e a prática).
Antes o professor se restringia ao
espaço da sala de aula. Agora precisa aprender a gerenciar também atividades a
distância, visitas técnicas, orientação de projetos e tudo isso fazendo parte
da carga horária da sua disciplina, estando visível na grade curricular,
flexibilizando o tempo de estada em aula e incrementando outros espaços e
tempos de aprendizagem.
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