PROFESSORES FERNANDA, RENATA, RENATO E WENDY.
https://docs.google.com/presentation/d/1P-6KpPpKOo-ZkwFe6kphiCGo8CZrt55uZWtlq-8I4p0/edit
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
sábado, 1 de dezembro de 2012
ATIVIDADE 3.2 - VÍDEO-AULA
3º ENCONTRO DO CURSO E-PROINFO:
TECNOLOGIA- PITEC
TUTORA MARIA FABIANA
ATIVIDADE 3.2 VÍDEO-AULA
PROFESSORES
ANA MARIA
CRISTIANE BISPO
CRISTIANE CRUZ
EVERTON
LUÍSA FERNANDA
MÁRCIA
RENATA
ROSA CANTO
WENDY
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
ATIVIDADE 2.1 - PAINEL_PROJETO
ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELOS PROFESSORES RENATO BRITO, RENATA SHIMIDT, LUISA FERNANDA E WENDY LÚCIA.
PROJETO: DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA: CONVIVENDO COM A DIVERSIDADE
PROJETO: DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA: CONVIVENDO COM A DIVERSIDADE
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
COMPRAS NA INTERNET
ATIVIDADE 4.5 - PRODUÇÃO DE VÍDEOS
COMPRAS NA INTERNET
FÁTIMA BORTOLETO, LUISA FERNANDA, WENDY LÚCIA
COMPRAS NA INTERNET
FÁTIMA BORTOLETO, LUISA FERNANDA, WENDY LÚCIA
domingo, 19 de agosto de 2012
ATIVIDADE 3.4
PROJETO CONHECER PARA PRESERVAR
https://docs.google.com/document/d/1l5ETDWkwXMbUTkj8nqjIb20djrDqYh718eyIva-fm6A/edit
LUISA FERNANDA, RENATA E WENDY
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
ATIVIDADE 2.8 - RELATO DA ATIVIDADE
DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE
Trabalho realizado na E.E.Profa. Jandira de Moraes Nuno, em 2011, com o ensino fundamental, onde os alunos desenvolveram apresentações teatrais, usando o data show, para falar sobre o dia mundial do meio ambiente. Antes pesquisaram na sala de informática sobre a questão ambiental, visitaram o Horto Florestal de Lins e finalizaram em sala de aula as apresentações.
LUISA FERNANDA
LUISA FERNANDA
ATIVIDADE 2.9 - PÔSTER
ATIVIDADE DESENVOLVIDA COM OS ALUNOS DA 6ª SÉRIE A.
WENDY E RENATA
https://docs.google.com/presentation/d/1oLwJ2RU9ab889hlnIwekeqpEjmZvJP_P3m2L8AFeWl4/edit
WENDY E RENATA
https://docs.google.com/presentation/d/1oLwJ2RU9ab889hlnIwekeqpEjmZvJP_P3m2L8AFeWl4/edit
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
ATIVIDADE 2.8 - RELATO DA ATIVIDADE
RELATO DA ATIVIDADE - PROJETO CORRESPONDÊNCIA
O Projeto "Compartilhando experiências
vividas através da correspondência - da carta ao e-mail", está sendo desenvolvido
entre alunos das Escolas Estaduais “Valdomiro
Silveira” e “21 de Abril”, o mesmo partiu da realidade linguística trabalhada com alunos de 6ª série a respeito das
modalidades da língua. Com o propósito de tornar o estudo desses conteúdos mais
significativos para os alunos. Observamos a necessidade de um projeto que
proporcionasse aos estudantes situações reais de comunicação, em que pudessem
escrever a um interlocutor real, em um processo contínuo de exercício da
escrita. Esperamos que os alunos aprendam a lidar, linguística e socialmente,
com diferentes textos, nas mais distintas situações de uso, como objeto do e
como meio para o conhecimento.
O projeto contemplará questões da língua,
ligadas ao emprego da norma-padrão e outras variedades, fazendo parte de um
sistema simbólico e que permitem ao sujeito compreender que o conhecimento e
domínio da linguagem é atividade discursiva e interlocutiva, favorecendo o
desenvolvimento de ideias, pensamentos e relações, em um constante diálogo com
seu tempo.
Assim, a escolha do tema vem dessa
necessidade e do fato de tanto a carta como os meios tecnológicos representarem
situações de uso e adequação de linguagem.
WENDY E RENATA
WENDY E RENATA
ATIVIDADE 2.7 - IMAGEM DA ATIVIDADE
sábado, 11 de agosto de 2012
domingo, 5 de agosto de 2012
ATIVIDADE 2.7 - IMAGEM DA ATIVIDADE
sábado, 30 de junho de 2012
A METODOLOGIA DE WEBQUESTS
Webquest sobre projetos de aprendizagem
Para além do estudo da
temática Projetos, nosso propósito com esta atividade é lhe proporcionar a
experiência de participação em uma Webquest, despertando seu interesse para possíveis
aplicações com seus alunos. Podemos considerar que a metodologia de Webquests
está em conformidade com a Pedagogia de Projetos. Porém, as Webquests
possuem uma estrutura fixa, contendo orientações praticamente
passo-a-passo acerca de como proceder, dando menor liberdade para a criação dos
aprendizes. Nesta perspectiva, de autoria limitada, as Webquests podem ser usadas como uma
estratégia na transição entre práticas tradicionais (onde o aluno tem uma
postura passiva) para propostas onde o aluno possui um papel ativo, sendo
protagonista na construção do conhecimento.
ATIVIDADE 1.6
TEMA: QUESTIONÁRIO DA GLOBALIZAÇÃO
Pesquise sobre o assunto e responda o questionário.
Alguns links para auxiliar na pesquisa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Globaliza%C3%A7%C3%A3o
http://www.brasilescola.com/geografia/globalizacao.htm
http://www.infoescola.com/geografia/globalizacao/
Para responder o questionário clique no link abaixo:
https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dEMwYUJDM0IzSlV2d1Q0YmF1ZmxYMnc6MQ
sábado, 16 de junho de 2012
Tecnologias trazem o mundo para a escola
Em entrevista ao Jornal do Professor, a especialista ressaltou a importância da capacitação dos educadores para a modernização da sala de aula. Segundo ela, as ferramentas de produção colaborativa já são as mais utilizadas e o futuro das escolas será pautado por uma palavra: conectividade.
1. O que são exatamente as novas tecnologias que estão sendo aplicadas na educação?
Quando falamos de novas tecnologias fazemos referência, principalmente, àquelas digitais. Hoje, sabemos que a tendência é de que haja uma convergência de tecnologias e mídias para um único dispositivo. O essencial é que este dispositivo possua ferramentas de produção colaborativa de conhecimento, de busca de informações atualizadas. Isso possibilita uma comunicação multidirecional, na qual todos são autores do processo ou, pelo menos, têm potencial para ser.
2. Quando surgiu a discussão sobre esse assunto?
O primeiro projeto público surgiu no Brasil em meados da década de 1980. Era o EDUCOM, um projeto de pesquisa desenvolvido em conjunto por cinco universidades públicas que se dedicaram à produção de softwares, formação de educadores e desenvolvimento de projetos pilotos nas escolas.
3. Há uma certa polêmica em torno do uso das tecnologias em sala de aula. Afinal, os efeitos são positivos ou negativos para o desempenho dos alunos?
Vivemos numa sociedade informatizada. Não podemos negar o contato com a tecnologia justamente para a população menos favorecida que, em geral, só teria condições de acessá-la no ambiente escolar. Pesquisas mostram resultados promissores quando as tecnologias de informação e comunicação (TICs) são utilizadas de forma adequada, que oriente o uso para a aprendizagem, o exercício da autoria e o desenvolvimento de produções em grupo.
4. Como elas devem ser usadas do ponto de vista pedagógico?
As novas tecnologias podem ser usadas de diferentes maneiras, mas podem trazer soluções mais eficazes em projetos que envolvem a participação ativa dos alunos, como em atividades de resolução de problemas, na produção conjunta de textos e no desenvolvimento de projetos. O fundamental nessas tarefas é fazer com que os alunos utilizem a tecnologia para: chegar até as informações que são úteis nos seus projetos de estudo, desenvolver a criatividade, a co-autoria e senso crítico.
5. Na era da tecnologia, como serão as salas de aula do futuro?
A primeira mudança é a expansão do espaço e do tempo. Rompe-se com o isolamento da escola entre quatro paredes e em horários fixos das aulas. Teremos a escola no mundo e o mundo na escola. Isso, porque o conhecimento não se produz só na escola, mas também na vida - numa empresa, num museu, num parque de diversões, no meio familiar. Tais espaços poderão se integrar com as práticas escolares e provocarão uma revisão no conceito de escola e de currículo. Os equipamentos serão bem diferentes, estarão disponíveis em qualquer lugar, talvez nem tenhamos que carregá-los. A conectividade é que vai nos acompanhar em todos os lugares.
6. Quais serão as principais ferramentas dos professores? Que tipo de recurso já está sendo utilizado?
Já temos uma série de instrumentos sendo utilizados pelos professores. Os blogs, por exemplo, são bastante disseminados entre os docentes. O WiKi, que é um programa virtual de produção colaborativa de textos, também. Entretanto há outros recursos, como simuladores que permitem visualizar fenômenos da natureza ou do corpo humano que não teríamos condições de acompanhar se não fosse virtualmente; os simuladores propiciam também compreender o significado de funções matemáticas abstratas por meio de testes de hipóteses e da representação gráfica instantânea.
7. A senhora pesquisou a política de outros paises em relação à aplicação das TICs na educação. Como o Brasil se posiciona em relação a países como Estados Unidos e Portugal?
Atualmente, há uma convergência das experiências em diversos países. Os computadores portáteis, por exemplo, estão sendo testados em todo o mundo, simultaneamente: tanto em países da América Latina, quanto da África, da Europa. O problema, no entanto, não é a disponibilidade das tecnologias e sim a formação de professores para utilizar as TICs. Outro problema que também se evidencia em todos os países é a concepção de currículo. Precisamos superar a idéia do currículo prescrito como lista de tópicos de conteúdo. O currículo deve ser construído integrando o que emerge da própria relação cotidiana entre professores e alunos. Muitas vezes, os currículos não abordam habilidades e competências que precisam ser desenvolvidas. Quando se trabalha com o registro de uma atividade num blog, por exemplo, os alunos desenvolvem um projeto pelo computador, que tem o seu desenvolvimento registrado e, assim, é possível identificar diferentes dimensões do currículo que foram trabalhadas no projeto, o que vai muito além do currículo prescrito.
8. O que está sendo feito hoje em termos de formação de professores?
Em primeiro lugar, no Brasil, todos os programas voltados para TICs na educação têm essa preocupação de capacitar os professores. Mais do que permitir o acesso à tecnologia, os programas trabalham a preparação dos educadores. E isso é uma questão de longo prazo, porque a formação se dá ao longo da vida, tem que ser continuada e voltada para a própria prática. Além disso, temos hoje várias pesquisas sendo desenvolvidas nesta área e o Brasil se destaca por ter um projeto de tecnologias na educação que integra a formação de educadores, a prática de uso de tecnologias e a pesquisa científica.
(Renata Chamarelli)
sexta-feira, 8 de junho de 2012
INTERNET: A REDE QUE ENVOLVE TUDO
Internet é um conjunto de redes de
comunicação e informação, atualmente disponíveis em quase todo o planeta, que
permite a seus usuários encontrar todo tipo de conhecimento, comunicação e
diversão, além de realizar compras, fazer consultas etc.
O nascimento da Internet aconteceu na
década de 1960 com a finalidade de manter as comunicações institucionais e
políticas nos Estados Unidos em caso de uma possível guerra. Porém, a
experiência foi tão frutífera que, desde a primeira demonstração pública, em
1972, a ferramenta foi se aperfeiçoando até alcançar aquilo que hoje conhecemos
como Internet.
Atualmente, crianças e "não tão
crianças" utilizam essa ferramenta diariamente, para trabalhar, aprender,
se comunicar ou se divertir. Existem mais de 24 bilhões de páginas na web no
mundo todo, e diariamente são realizadas mais de 200 milhões de buscas na
Internet. Frente a tudo isso, é fundamental conhecer as ferramentas e serviços
existentes na rede para orientar a navegação de crianças e adolescentes.
Hábitos de
Consumo da Geração Interativa
• Tempo
Cada vez
mais, as crianças dedicam parte do seu tempo livre a navegar na rede, em busca
de entretenimento.
• Companhia
Embora
muitas crianças acessem a Internet na companhia de adultos, a maioria navega
sozinha.
•
Localização
É cada vez
maior o número de crianças com computador no seu quarto ou no de algum irmão.
• Conteúdos
A grande
maioria das crianças que acessam a Internet buscam diversão e entretenimento.
Os mais solicitados: videogames e páginas que permitem manter ou aumentar sua
rede social, como salas de bate–papo, messenger, comunidades virtuais etc.
•
Multitarefa
A Internet
permite interagir com outras telas. Ao mesmo tempo em que se acessa a web,
pode-se assistir televisão, usar o celular, jogar videogames ou até fazer as
lições de casa.
• Percepção
do meio
As crianças
pensam que sabem mais do que todos em casa sobre a Internet. Ninguém ensinou a
elas como usá-la, por isso se consideram os experts da família. A grande
maioria das crianças que usam a web são conscientes de que se trata de algo
muito útil. No entanto, nem todos a consideram imprescindível. Alguns chegam a
vê-la como um capricho.
Oportunidades
Limitando-nos somente ao âmbito educativo,
a Internet permite instruir-se de maneira divertida. Além do mais, facilita a
participação dos pais e dos filhos em atividades conjuntas. A contínua atitude
de busca que deve manter a criança frente à Internet pode favorecer sua
curiosidade pelo conhecimento e seu desenvolvimento intelectual.
Por último, ela permite que a criança
elabore seus próprios conteúdos: criar um blog, participar de uma rede social
adequada à sua idade, manter um site na web etc., o que fomenta sua
criatividade e sua responsabilidade.
Riscos
Os riscos podem ser reunidos em três
níveis: a exposição a conteúdos nocivos, a excessiva carga horária dedicada e a
possibilidade de contatar pessoas potencialmente perigosas para sua integridade
física ou psíquica. A Internet põe ao alcance das crianças, com grande
facilidade, páginas cujos conteúdos são inadequados, inclusive para adultos –
muitas delas, no limite da legalidade.
O poder de atração da ferramenta faz com
que muitas crianças usem seu tempo livre para se conectar à Internet, em
detrimento de outras opções como dormir, se relacionar com seus familiares e
amigos ou participar de outras atividades destinadas ao ócio (escutar música,
ler um bom livro, praticar algum esporte etc.).
A facilidade e a gratuidade de muitas
páginas destinadas à comunicação dos internautas pode impedir a comunicação
direta e cara a cara entre as pessoas, ao mesmo tempo em que facilita o contato
com desconhecidos. E isso pode ser perigoso.
Alguns
conselhos
Seja o
primeiro navegante: acesse a rede e descubra todas as suas possibilidades.
• Seja você
a referência
Eles usarão
a Internet da mesma forma que você.
• Uso
conjunto
Navegue com
seus filhos: mostre a eles suas muitas utilidades. Partilhe com eles a seleção
de conteúdos. Se alguma coisa chamar sua atenção ou surpreendê-los, a melhor
atitude é que vocês analisem juntos.
• Mais vale
prevenir
Advirta seus
filhos sobre as armadilhas mais comuns na Internet: eles nunca devem fornecer
dados pessoais ou familiares, responder mensagens de origem desconhecida,
combinar encontros com pessoas que conheceram na Internet etc.
• Cada coisa
no seu lugar
Coloque o
computador em um lugar da casa a que todos tenham acesso. Se estiver no quarto
do filho, você não vai poder acompanhar o uso.
Use algumas
ferramentas técnicas para assegurar a melhor qualidade possível aos conteúdos
acessados em sua casa, aos aplicativos e ao tempo dedicado à navegação (filtros
de conteúdo, bloqueio de aplicativos, software de controle de tempo). Todos vão
agradecer.
• Seja um
“cibersentinela”
Se você
encontrar conteúdo ilegal, denuncie em alguma das páginas destinadas a isso.
• Internet é
um meio, não é um fim
Não há
sentido em se conectar sem saber para quê: uma navegação sem rumo costuma
provocar muitos naufrágios.
O que você
pode fazer para que sua casa seja um lugar tecnologicamente responsável?
Em
quase todos os momentos do dia interagimos com uma tela digital em nossa casa e
em nossa vida. Vemos televisão, falamos ao telefone, enviamos SMS, abrimos
emails, acessamos à Internet para buscar informação... é uma grande
oportunidade que facilita nossas vidas tanto no âmbito do trabalho como nos
momentos de descanso, na comunicação etc.
Já nos acostumamos com as telas digitais
como parte de nossa vida, mas em algumas ocasiões ainda não nos damos conta da
importância de fazer uso responsável delas. Temos consciência de desligar a luz
quando saímos de casa, por exemplo, entretanto, nem sempre desligamos a
televisão quando saímos da sala de estar para preparar algo para comer.
Conseguimos entender que a partir de uma determinada hora não devemos ligar para
o telefone fixo de uma casa para não interromper o descanso alheio, mas não
pensamos o mesmo se a chamada for para um telefone celular. Assim, nos ocorre a
pergunta "que exemplo de lar queremos dar à sociedade do futuro, às nossas
crianças e aos adolescentes de hoje?".
Desde já fazemos a primeira proposta:
criar um espaço para guardar os celulares desligados. Ao chegar em casa, assim
como temos um lugar para colocar as chaves, por que não dispor de um espaço
onde os membros da família possam deixar os celulares desligados? Assim
desfrutaremos de um momento do dia sem interrupções. Qual a sua proposta?
Ajude-nos a criar um lar tecnológico para todos por meio da discussão sobre o
tema.
domingo, 20 de maio de 2012
TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
Pesquisa destaca computadores e celulares como prediletos do
público infantil
Indicadores revelam que a escola é o principal local onde as
crianças adquirem habilidades no uso do computador, mas alertam que o acesso à
internet no ambiente de ensino ainda é restrito.
De que forma as crianças brasileiras de 5 a 9 anos estão se
apropriando e utilizando as TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação)? É
fato que os representantes dessa faixa etária adotaram as telas digitais como
companheiras inseparáveis e demonstram enorme capacidade intuitiva de interagir
com computadores e celulares, diferentemente dos adultos, que constantemente
recorrem aos manuais de instrução dos aparelhos para manuseá-los.
Avaliar a posse
e o uso das tecnologias por esse público específico foi o mote para a
realização da 1ª Pesquisa sobre Uso das Tecnologias da Informação e da
Comunicação por Crianças no Brasil — TIC Crianças, conduzida pelo Centro de
Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), núcleo
vinculado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O estudo foi
apresentado ao público no último dia 7/10, em São Paulo.
O que dizem as
crianças: computador, internet e celular
Os indicadores da
pesquisa apontam a escola como local propício à incorporação de conhecimento em
tempos de cultura digital. As habilidades para uso do computador originam-se
principalmente nas instituições educacionais. A maior parte das crianças
mencionou ter aprendido a utilizar a tecnologia no local de ensino, porém, o
acesso à internet ainda é restrito: somente 14% citaram a escola como o lugar
onde utiliza o ambiente virtual com mais frequência. Alexandre Barbosa, gerente
do CETIC.br, analisa: “A escola é o principal local para aquisição das
habilidades do computador e da internet; entretanto, o uso da internet nesse
local ainda é relativamente baixo. Além de ensinar informática para as
crianças, é preciso fazer com que professores e coordenadores pedagógicos
incorporem o uso das TIC nos processos pedagógicos”.
Na internet, as
atividades lúdicas foram as mais citadas pelas crianças. Segundo as
entrevistas, 97% das crianças utilizam a rede para jogar. Entre as demais
atividades investigadas, 55% das crianças disseram que usam a internet para
brincar em sites que têm desenhos como aqueles que estão acostumadas a assistir
na TV. Cerca de 30% das crianças afirmaram participar de alguma rede social.
Quando os computadores não estão conectados à web, as crianças utilizam o
equipamento, principalmente, para desenhar (80%), escrever textos (64%) e ouvir
música (64%).
O telefone móvel
assume papel de protagonista na vida das crianças. O uso do celular supera o
uso do computador e é uma das tecnologias mais presentes no cotidiano das
crianças de 5 a 9 anos: 65% já usaram um aparelho e 14% possuem um. O telefone
móvel é usado principalmente para o jogo (88%), seguido pelo uso do aparelho
como ferramenta de comunicação: 64% declararam ter ligado para alguém. Ouvir
música (60%) também é uma atividade importante para as crianças que usam o
celular.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
AS TIC'S E AS TECNOLGIAS ASSISTIVAS
Como
destacou Vygotsky, é sumamente relevante para o desenvolvimento humano o
processo de apropriação, por parte do indivíduo, das experiências presentes em sua
cultura. O autor enfatiza a importância da ação, da linguagem e dos processos
interativos na construção das estruturas mentais superiores (VYGOTSKY, 1987). O
acesso aos recursos oferecidos pela sociedade, escola, tecnologias, etc.,
influencia determinantemente nos processos de aprendizagem da pessoa.
Entretanto, as limitações do indivíduo com deficiência tendem a
tornar-se uma barreira a este aprendizado. Desenvolver recursos de
acessibilidade seria uma maneira concreta de neutralizar as barreiras causadas
pela deficiência e inserir esse indivíduo nos ambientes ricos para a
aprendizagem, proporcionados pela cultura.
Outra dificuldade que as limitações de interação trazem consigo são os
preconceitos a que o indivíduo com deficiência está sujeito. Desenvolver
recursos de acessibilidade também pode significar combater esses preconceitos,
pois, no momento em que lhe são dadas às condições para interagir e aprender,
explicitando o seu pensamento, o indivíduo com deficiência mais facilmente será
tratado como um "diferente-igual"... Ou seja, "diferente"
por sua condição de pessoa com deficiência, mas ao mesmo tempo
"igual" por interagir, relacionar-se e competir em seu meio com
recursos mais poderosos, proporcionados pelas adaptações de acessibilidade de
que dispõe. É visto como "igual", portanto, na medida em que suas
"diferenças", cada vez mais, são situadas e se assemelham com as
diferenças intrínsecas existentes entre todos os seres humanos. Esse indivíduo
poderá, então, dar passos maiores em direção à eliminação das discriminações,
como conseqüência do respeito conquistado com a convivência, aumentando sua
auto-estima, porque passa a poder explicitar melhor seu potencial e
pensamentos.
É sabido que as novas Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs vêm se tornando, de forma crescente, importantes instrumentos de nossa cultura e, sua utilização, um meio concreto de inclusão e interação no mundo (LEVY, 1999).
Essa constatação é ainda mais evidente e verdadeira quando nos referimos
as pessoas com deficiência. Nesses casos, as TICs podem ser utilizadas ou como
Tecnologia Assistiva, ou através de Tecnologias Assistivas.
Utilizamos as TICs como Tecnologia Assistiva quando o próprio
computador é a ajuda técnica para atingir um determinado objetivo. Por exemplo,
o computador utilizado como caderno eletrônico, para o indivíduo que não
consegue escrever no caderno comum de papel.
Por outro lado, as TICs são utilizadas através de Tecnologias
Assistivas, quando o objetivo final desejado é a utilização do próprio computador,
para o que são necessárias determinadas ajudas técnicas que permitam ou
facilitem esta tarefa.
Por exemplo, adaptações de teclado, de mouse, software especiais,
etc. Definindo, Tecnologia Assistiva é toda e qualquer ferramenta ou
recurso utilizado com a finalidade de proporcionar uma maior independência e
autonomia à pessoa com deficiência.
O objetivo da Tecnologia Assistiva é:
"Proporcionar à pessoa portadora de deficiência maior
independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação da
comunicação, mobilidade, controle do seu ambiente, habilidades de seu
aprendizado, competição, trabalho e integração com a família, amigos e
sociedade."... "Podem variar de um par de óculos ou uma simples
bengala a um complexo sistema computadorizado". (http://www.clik.com.br/ta_01.html).
sábado, 28 de abril de 2012
INTERNET NA EDUCAÇÃO
ENTREVISTA PARA O PORTAL EDUCACIONAL
José Manuel Moran
Doutor em Comunicação pela USP
E specialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância
Doutor em Comunicação pela USP
"A Internet nos ajuda, mas ela sozinha não dá conta da complexidade do aprender" A afirmação é do professor José Manuel Moran. Ele fala sobre o uso da Internet na educação, fundamentado seu pensamento na "interação humana", de forma colaborativa, entre alunos e professores.
- José Manuel Moran é um dos maiores especialistas brasileiros no uso da Internet em sala de aula. Por isso, não se espere dele o deslumbramento do marinheiro de primeira viagem. Timoneiro experiente, ele conduz o barco devagar. Para o educador que acessa a rede pela primeira vez, ele adverte que nem sempre a maré está para peixe. "A Internet nos ajuda, mas ela sozinha não dá conta da complexidade do aprender hoje, da troca, do estudo em grupo, da leitura, do estudo em campo com experiências reais". A tecnologia é tão-somente um "grande apoio", uma âncora, indispensável à embarcação, mas não é ela que a faz flutuar ou evita o naufrágio. "A Internet traz saídas e levanta problemas, como por exemplo, saber de que maneira gerenciar essa grande quantidade de informação com qualidade", insiste.
- O senhor diz que não se deve esperar soluções mágicas da Internet. Que expectativas devemos ter das novas tecnologias na educação?
- Prof. José Manuel Moran - Nós esperamos que a tecnologia — teoricamente mais participativa, por permitir a interação — faça as mudanças acontecerem automaticamente. Esse é um equívoco: ela pode ser apenas a extensão de um modelo tradicional. A tecnologia sozinha não garante a comunicação de duas vias, a participação real. O importante é mudar o modelo de educação porque aí, sim, as tecnologias podem servir-nos como apoio para um maior intercâmbio, trocas pessoais, em situações presenciais ou virtuais. Para mim, a tecnologia é um grande apoio de um projeto pedagógico que foca a aprendizagem ligada à vida.
- Apesar de ser professor de novas tecnologias, o senhor acredita que, antes disso, há uma mudança mais urgente a ser feita no modelo de educação. Qual seria essa mudança?
- Prof. José Manuel Moran - O que estamos vendo é que formas de educar com estrutura autoritária não resolvem as questões fundamentais. A questão não é tecnológica, mas comunicacional. A tecnologia entra como um apoio, mas o essencial é estabelecer relações de parceria na aprendizagem. Aprende-se muito mais em uma relação baseada na confiança, em que alunos e professores possam se expressar. Criar e gerenciar esse ambiente é muito mais importante que definir tecnologias. Embora eu trabalhe com elas, noto que o foco está na interação humana, presencial ou virtual. Preocupa-me muito a dificuldade que temos em estabelecer relações participativas, porque todos nós carregamos estruturas tremendamente autoritárias, sendo submissos ou dominadores, e reproduzimos isso na escola. A cultura da imposição, do controle, é talvez a barreira mais difícil de derrubar no processo pedagógico.
- O senhor faz uma distinção entre ensino e educação, esta última sendo a integração do ensino com a vida. É evidente a maneira como as novas tecnologias podem contribuir para o ensino. Mas como elas podem contribuir para a educação?
- Prof. José Manuel Moran - Quando falamos de ensino, focamos a aprendizagem de alguns conteúdos. A educação é um processo muito mais integral, que nos ocupa a vida toda, e não somente quando estamos na escola. E o professor tem esses dois papéis: ajudar na aprendizagem de conteúdos e ser um elo para uma compreensão maior da vida, de modo que encontremos formas de viver que nos realizem e desenvolvam nossas capacidades. Isso não depende da tecnologia, mas da atitude profunda do educador e do educando, de ambos quererem aprender. A tecnologia pode ser útil para integrar tudo que eu observo no mundo no dia-a-dia e para fazer disso objeto de reflexão. Ela me permite fazer essa ponte, trazer os conteúdos de forma mais ágil e devolvê-los de novo ao cotidiano, possibilitando a interação entre alunos, colegas e professores.
- Uma de suas experiências mais bem-sucedidas consiste em partilhar os resultados das pesquisas escolares pela Internet. Que mudança isso provoca no rendimento dos alunos?
- Prof. José Manuel Moran - É uma concepção do aprender de forma cooperativa e não competitiva. A aprendizagem estava muito voltada só para conseguir notas, ver quem chegava primeiro. Dentro dessa visão — que não se dá apenas com a tecnologia, mas também na sala de aula comum —, a proposta é colocar a interação na prática. Hoje temos a possibilidade de os alunos participarem de ambientes virtuais de aprendizagem, tanto de uma forma simples, publicando um trabalho em uma página, quanto criando debates, fóruns ou listas de discussão por e-mail. Cada escola e cada professor, dependendo do número de alunos que ele tenha ou da situação tecnológica em que se encontra, pode buscar soluções mais adequadas. O importante é o foco, que o aluno e o professor sejam estimulados a fazer parte de um espaço virtual de referência que disponibilize o que é feito em sala de aula. Eu creio que essa área de visibilidade liberta a sala de aula do espaço e do tempo físico. Porque depois, fora da aula, pode-se encontrar um pouco do que foi dito pelo professor, o que foi feito pelos alunos.
- O senhor afirma que as novas tecnologias exigem muito esforço dos professores e, por outro lado, defende que "o aluno já está pronto para a Internet". Em que aspectos o aluno estaria em vantagem em relação ao professor?
- Prof. José Manuel Moran - Ele é privilegiado na relação que tem com a tecnologia. Ele aprende rapidamente a navegar, sabe trabalhar em grupo e tem certa facilidade de produzir materiais audiovisuais. Por outro lado, o aluno tem dificuldade de mudar aquele papel passivo, de executor de tarefas, de devolvedor de informações. Na prática, acaba assumindo um papel bastante passivo em relação às suas reais potencialidades. O aluno tem capacidade de ir muito além, ele está pronto. Porém, a escola impõe modelos autoritários, voltando ao começo, quando o professor controlava e o aluno executava. E isso não o motiva. Por isso, a mudança mais séria deve vir mesmo dos professores. O novo professor dialoga e aprende com o aluno. Isso pressupõe uma certa humildade que nos custa como adultos a ter. Nós queremos ter a última palavra.
- Novamente baseado em suas experiências em sala de aula, o senhor observa que muitas vezes a navegação é mais sedutora que o trabalho de interpretação e concentração que a pesquisa exige e o professor deve estar atento para evitar que os alunos sejam muito dispersos em suas pesquisas. Isso significa que o professor terá, diante da tecnologia, de reproduzir o modelo de controle a que o senhor se opõe?
- Prof. José Manuel Moran - Essa é uma questão difícil de resolver na prática. Muitos alunos estão numa fase da vida ainda de deslumbramento, estão curiosos. Eles não têm organização e maturidade para se concentrar em um só tema durante uma hora. Então eles abrem mil páginas ao mesmo tempo, se deixam naturalmente seduzir por certos temas musicais ou eróticos, conforme a sua idade. Esse conjunto de questões dificulta o trabalho com um tema específico. Essa também não é uma questão meramente da tecnologia ou do professor, mas da dificuldade de concentração diante de tantos estímulos.
- Há um paradoxo nessa questão. Há uma quantidade de informação quase inesgotável acessível pela Internet. Por outro lado, quando se é confrontado com esse volume de informação, há a tendência de dedicar menos tempo à análise pela compulsão de navegar e descobrir novas páginas. Como se pode contornar isso?
- Prof. José Manuel Moran - Em primeiro lugar, reconhecendo que há uma grande dificuldade. A Internet traz saídas e levanta problemas, como, por exemplo, saber de que maneira gerenciar essa grande quantidade de informação com qualidade e como encontrar no pouco tempo que temos em sala de aula, ou na interação via Internet, algo que seja significativo, que não seja somente lúdico. Porque o que interessa é se essa navegação me leva a uma compreensão maior da realidade. Do ponto de vista metodológico, procuro um equilíbrio: nem impor demais o processo, que amarra o aluno, nem deixar que as coisas aconteçam a seu bel-prazer. Eu trabalho com dois momentos. No primeiro, mais aberto, eu coloco um tema em discussão e o aluno procura a informação por si. Depois de um certo tempo, passamos a partilhar o resultado das pesquisas, focamos um determinado artigo ou outro material, para que não fique muito disperso. Mas é importante que os alunos não atendam somente a uma determinação prévia do professor. Creio que esse pode ser um caminho para minimizar a clara tentação de dispersão na pesquisa via Internet. A Internet reforça a tendência dispersiva que os alunos têm no cotidiano, quando eles ficam estudando e ouvindo música, tudo ao mesmo tempo.
- Outro equilíbrio que o senhor considera difícil de alcançar é entre o deslumbramento dos alunos pelas novas tecnologias e a resistência de alguns dos professores a esses novos métodos de acesso à informação.
- Prof. José Manuel Moran - Eu percebo que as atitudes vão mudando aos poucos, que já houve resistência maior. Mas há professores que inconscientemente fazem o mínimo possível para utilizar a tecnologia, no máximo usam o Word. Eles não usam técnicas de pesquisa ou de apresentação mais avançadas em sala de aula, nem trabalham com criação de páginas. Então há uma parte dos professores de escolas particulares que, mesmo tendo laboratórios e acesso à Internet, resistem a métodos que não sejam tradicionais. Por outro lado, há os que descobrem as novas mídias e esquecem uma série de formas que podem ser interessantes em sala de aula, preferindo sempre jogar os alunos no laboratório, como se fosse uma grande solução. A Internet nos ajuda, mas ela sozinha não dá conta da complexidade do aprender hoje, da troca, do estudo em grupo, da leitura, do estudo em campo com experiências reais. Equilibrar o melhor do ensino presencial, o estarmos juntos, e o melhor do espaço virtual é básico. Mas ninguém teve experiência até agora com o equilíbrio desses ambientes. Antes aprendíamos juntos apenas em sala de aula, e o aluno tinha de se virar para fazer suas atividades quando não estava na escola. Hoje podemos aprender quando não estamos fisicamente juntos.
- O senhor atribui essa resistência ao fato de as novas tecnologias colocarem em xeque a posição do professor como detentor do saber. O aluno pode facilmente pesquisar algum tema e ver que há interpretações divergentes e que aquilo que o professor fala pode não ser bem assim. O senhor sente esse receio nos professores com os quais convive?
- Prof. José Manuel Moran - O professor, desde que surgiu o livro, sempre teve um pouco de receio de que o aluno aprendesse outras versões além da dele. Só que hoje você tem muitas outras formas de informações em qualquer mídia, e a Internet agrava ainda mais a sensação de que o aluno pode encontrar informações que o professor não tem. Para o professor inseguro, é uma espécie de desafio encontrar uma prática que não seja a do controle. A tentação desse tipo de professor é fechar em cima de uma única versão. O professor mais maduro trabalha com múltiplas visões, tentando relativizar nosso conhecimento, mostrando que estamos construindo algo que é provisório. A nossa visão agora é esta: eu aprendo com o que o outro me traz. Essa visão é muito mais tranqüila. É a aceitação de que eu não sou onipotente, que não tenho respostas para tudo, não sou enciclopédia. Eu aprendo melhor reconhecendo a minha ignorância.
- O senhor insiste em seus textos na importância da maturidade do professor ao lidar com a tecnologia. Quais são as experiências mais maduras que conhece de uso da Internet em sala de aula?
- Prof. José Manuel Moran - Hoje há muitas escolas que estão tentando encontrar saídas. O que a maior parte delas faz é colocar os alunos em contato com a Internet em laboratórios e depois buscar atividades principalmente entre grupos que não estão fisicamente juntos. No mundo inteiro se trabalha com esse tipo de projeto. A etapa mais avançada, que começa agora na minha opinião, é desenvolver o conceito de gerenciamento de aula, integrando o que é feito pelos alunos quando estão juntos e fazendo com que o processo de aprendizagem continue quando eles não estão mais juntos. Hoje há uma série de programas de gerenciamento de ambientes virtuais que ajudam a trazer temas para a sala de aula. No fundo, é uma página incrementada com ferramentas de chat e de fórum em que os alunos vão colocar seus textos. Há uma série de softwares como o Eureka, o First Class, o Web Ct e o Blackboard.
- De que forma o senhor utiliza esses ambientes virtuais mais integrados em seu processo pedagógico?
- Prof. José Manuel Moran - Coordeno um curso de pós-graduação semipresencial em que, em alguns momentos, nós nos encontramos e, em outros, interagimos somente através da rede: apresentamos textos, discutimos questões. Temos a relação de uma aula presencial para duas virtuais. É o desafio que vamos enfrentar pelo menos no nível superior, fase em que os alunos não precisam ir todos os dias à aula. O desafio é motivá-los a continuar aprendendo quando não estão em sala de aula. Também estou coordenando programas de educação a distância em São Paulo. Educar a distância, mas de uma forma em que haja troca e não somente repasse de informação, que não seja somente colocar conteúdo em uma página e depois cobrar uma atividade. Estimular o aluno a aprender em ambientes virtuais é outro grande desafio pedagógico que temos hoje. Haverá muita "picaretagem" de instituições que pensam que educação a distância é uma forma de ganhar dinheiro.
- O que o senhor teria a dizer a um diretor de escola pública, carente de recursos e com professores que nem sempre são os mais bem qualificados? Nessas circunstâncias é mais indicado investir em tecnologia ou centrar-se na capacitação de professores?
- Prof. José Manuel Moran - Eu acho que não podemos mais ficar apenas nos lamuriando da falta de condições. É verdade que um diretor de escola não pode fazer nada sozinho. Isso exige vontade e investimentos públicos nos três níveis. Estou coordenando uma equipe que desenvolve um programa de educação a distância na rede pública estadual de São Paulo para capacitar professores, supervisores de ensino e pessoas que trabalham em Oficinas Pedagógicas (OTP). São profissionais que estão mais em contato com novas tecnologias. Na verdade estamos fazendo a capacitação em serviços a distância, juntando a Secretaria de Educação e a Universidade de São Paulo, através de uma fundação chamada Vanzolini, com o apoio do governo federal, do ProInfo.
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Vitor Casimiro
Exclusivo para o Educacional
Exclusivo para o Educacional
AS TIC'S NA SALA DE AULA
As tecnologias capazes de revolucionar o aprendizado do mundo são basicamente as tecnologias da informação e comunicação, abreviadas doravante por TICs, como são referidas. Elas vão desde a primordial escrita, se a entendermos como a primeira forma de comunicação à distância, que chegou ao livro impresso seguido pelo cinema, rádio, televisão, telefone. E chegamos ao fim do século XX com os sofisticados processos de digitalização dos dados e a sua transmissão veloz por cabos e satélites de comunicação de imagens e textos. Para breve, nos prometerem a TV digital com ricas possibilidades interactivas.
Os avanços das tecnologias de informação e comunicação (TICs), a par da globalização e do aumento da competitividade, têm estado, sem dúvida, a contribuir para uma mudança significativa em termos das competências exigidas às pessoas.
Um ato radicalmente novo das sociedades modernas reside na sua aptidão para gerar e difundir informação, contribuindo, decididamente, para o emergir da “aldeia global”, onde o indivíduo é confrontado com a necessidade de uma aprendizagem permanente. Esta sociedade de informação exige uma ampla consolidação e atualização de conhecimentos, direcionando o indivíduo para um novo conceito de educação – a construção do conhecimento, e uma nova alfabetização – a infoalfabetização.
As TICs podem proporcionar potencialidades imprescindíveis à educação. O que, gradualmente, está a conduzir ao reequacionamento do sistema educativo e da própria formação. Neste contexto, cada vez mais, ter-se-á de articular a escola com a sociedade de informação e do conhecimento, oferecendo condições para que todos possam aceder e seleccionar, ordenar, gerir e utilizar novos produtos imprescindíveis ao ensino-aprendizagem.
Com o desenvolvimento de novos meios de difusão, a informação deixou de ser predominantemente veiculada pelo Professor na escola. Atualmente, com o crescente aumento da informação, o aluno chega à escola transportando consigo a imagem de um mundo que ultrapassa os limites do núcleo familiar, do Professor e da própria escola. Mas informação não é conhecimento e o aluno continua a necessitar da orientação de alguém que já trabalhou ou tem condições para trabalhar essa informação. Nada pode substituir a riqueza do diálogo pedagógico.
As TICs multiplicaram enormemente as possibilidades de pesquisa de informação e os equipamentos interativos e multimédia vieram colocar à disposição dos alunos um manancial inesgotável de informações. Munidos destes novos instrumentos, os alunos podem tornar-se “exploradores” ativos do mundo que os envolve. Os Professores devem ensinar os alunos a avaliarem e gerirem na prática a informação que lhes chega. Este processo revela-se muito mais próximo da vida real do que os métodos tradicionais de transmissão do saber. Começam a surgir na sala de aula novos tipos de relacionamento. O desenvolvimento das novas tecnologias não diminui em nada o papel das Professores, antes o modifica profundamente, constituindo uma oportunidade que deve ser plenamente aproveitada. Certamente que o Professor já não pode, numa sociedade de informação e do conhecimento, limitar-se a ser difusor de saber. Torna-se, de algum modo, parceiro de um saber coletivo que lhe compete organizar. Sendo assim, o Professor deixa de se apresentar como o núcleo do conhecimento para se tornar um optimizador desse mesmo conhecimento e saber, convertendo-se assim, num:
- organizador do saber;
- fornecedor de meios e recursos de aprendizagem;
- estimulador do diálogo, da reflexão e da participação crítica.
Com esses meios técnicos que, como o nome sugere, facilitam a mediação, a educação à distância tem tornado mais interativo o aluno passivo e consumidor de conteúdos e facilita que vá se tornando uma espécie de co-autor da construção do seu conhecimento.
Devido à sua flexibilidade e potencial interativo, a utilização dos sistemas e documentos hipermédia em contexto educativo proporciona o desenvolvimento de um percurso autónomo de aprendizagem por parte dos alunos, desmistificando simultaneamente a ideia do professor detentor do conhecimento. Assim, a possibilidade de implementação de um novo modelo interativo no processo de comunicação, constitui um suporte para a aproximação professor - aluno bem como uma mudança no processo ensino - aprendizagem, no qual surge um utilizador ativo que participa na organização da informação e no controlo da aprendizagem.
Esta nova tecnologia através da construção de documentos hipérmédia permitem a livre “navegação” adaptando-se aos diferentes níveis de capacidade e de aprendizagem dos alunos.
No que diz respeito à motivação a à facilitação do processo ensino - aprendizagem, as TICs podem desempenhar um papel primordial, desde que integradas corretamente no contexto pedagógico. As suas potencialidades são te tal modo vastas que de certo proporcionam uma aplicação/exploração tão abrangente e eficaz, cujo limite se encontre apenas na imaginação e criatividade do seu utilizador.
Educar e aprender talvez seja mais bem do que transmitir e receber informação: é comunicar informação e conhecimento. E o papel do educador como comunicador parece estar mais evidenciado quando se utilizam TICs, evidentemente, correndo o risco de caminhos perversos como a confusão da figura do educador com a caricata imagem de mero “animador” do processo de aprendizagem. Criar e gerir o que se cria é um grande desafio quando se utilizam os recursos das TICs.
É possível portanto, pensar que com o uso de TICs, as capacidades de comunicação por parte de quem tem que criar, transmitir e compartilhar conhecimento afloram com mais intensidade, vigor e visibilidade do que quando não se usa a tecnologia.
No que diz respeito à utilização das TIC’s na minha área disciplinar não tenho dúvidas de que estas contribuem para um maior enriquecimento das aulas. O estudo acaba por ser mais abrangente, a informação está mais acessível e completa.
Nos dias de hoje a maior parte dos manuais sugere a utilização da Internet, vídeos, CD – ROM na sala de aula, que quase não permite desculpas para que continue a ser ignorada a sua utilização como ferramenta pedagógica..
As novas tecnologias permitem que as aulas se tornem muito mais motivadoras quer para os alunos quer para o professor.
(AMBIENTE HIPERMÉDIA: UMA NOVA FERRAMENTA PEDAGÓGICA
Maria Dulce Neves Simões)
quinta-feira, 12 de abril de 2012
BOAS VINDAS!
Sejam bem vindos a este espaço que tem por objetivo favorecer a reflexão sobre as possibilidades da internet na escola pública.
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